A minha pobre lírica
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Não posso dizer que faço poesia…
não posso chamar poemas aos meus irregulares e aleatórios versos
resultantes de nada mais do que da minha inconstante fúria
por verdades que até eu próprio me apresso a esquecer.
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Apenas sequências de palavras sem sentido
erguem as minhas curtas quadras
negadas de qualquer rima ou métrica
apenas desabafos mudos desse mundo,
sem qualquer arte ou desafio.
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Da minha busca pelo infinito
tento condensar o mundo num só verso
escrito pelo éter de um turbilhão
de sonhos e ilusões
de sentimento e emoções.
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Tais subjectividades que nada podem alcançar
num outro momento que não aquele na minha mente…
num outro espaço que não o sonho que segue lado a lado
com a minha vigília distante.
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Num mundo da ciência, mesma doutrina
na qual procuro as minhas próprias respostas,
esse éter foi mostrado mentira
pelo simples mover do planeta que sustenta.
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Embora esse tudo de uma verdade arcaica
que a nós trazia e ligava o desconhecido que nos rodeia
esteja já arquivado na bela mitologia da história
o sonho continua e sempre o fará
nem que seja nos pobres versos desta lírica.
1 Comments:
deveras pobre
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