quinta-feira, maio 04, 2006

A minha pobre lírica

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Não posso dizer que faço poesia…

não posso chamar poemas aos meus irregulares e aleatórios versos

resultantes de nada mais do que da minha inconstante fúria

por verdades que até eu próprio me apresso a esquecer.

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Apenas sequências de palavras sem sentido

erguem as minhas curtas quadras

negadas de qualquer rima ou métrica

apenas desabafos mudos desse mundo,

sem qualquer arte ou desafio.

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Da minha busca pelo infinito

tento condensar o mundo num só verso

escrito pelo éter de um turbilhão

de sonhos e ilusões

de sentimento e emoções.

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Tais subjectividades que nada podem alcançar

num outro momento que não aquele na minha mente…

num outro espaço que não o sonho que segue lado a lado

com a minha vigília distante.

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Num mundo da ciência, mesma doutrina

na qual procuro as minhas próprias respostas,

esse éter foi mostrado mentira

pelo simples mover do planeta que sustenta.

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Embora esse tudo de uma verdade arcaica

que a nós trazia e ligava o desconhecido que nos rodeia

esteja já arquivado na bela mitologia da história

o sonho continua e sempre o fará

nem que seja nos pobres versos desta lírica.

1 Comments:

At 2:51 da tarde, Anonymous Anónimo said...

deveras pobre

 

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